Sabe realmente fazer uma sopa?

Comer sopa é, talvez o hábito da dieta mediterrânea mais prático para conseguir cumprir o conselho proposto pela OMS em relação ao consumo diário de 5 porções de legumes e fruta por dia, para além de também contribuir para a nossa hidratação diária. É prático mas nem sempre saboroso, porque, afinal de contas, fazer uma boa sopa tem os seus segredos!

Por tudo isto, a SÓFruta resolveu partilhar os seus segredos para conseguir sempre sopas saborosas e diversificadas, sem necessidade de acréscimo de muitos ingredientes, o que se torna económico e ajuda crianças e adultos a identificarem aquilo que estão a comer.

Estratégia

---

A primeira estratégia é muito simples de memorizar e colocar em prática: dividimos os legumes em três grupos e colocamos um legume de cada grupo.

A variação de sopas é enorme! Se, para além disso, acrescentarmos uma alteração às quantidades de legumes de cada grupo, a variação pode ser ainda maior!

Grupo dos “sabores”:  todos os legumes com um sabor mais “forte”, como por exemplo, cebola, alho, alho-francês, nabo ou aipo.

Grupo das “cores”: todos os vegetais verdes, brancos ou laranja, como couves, cenoura ou abóbora.

Grupo das “consistências”: os vegetais que, cozinhados, apresentam uma consistência mais cremosa, como batata, curgete ou chuchu.

Claro que temos determinados vegetais que se podem englobar em mais do que um grupo. Se tomarmos a abóbora como exemplo, constatamos que pode pertencer ao grupo das “cores” ou ao grupo das “consistências”, o que não levanta qualquer problema desde que consideremos esse vegetal, para aquela sopa em questão, como pertencente a um determinado grupo e não se coloque outro vegetal do mesmo. Exemplificando novamente com a abóbora: se para uma sopa, a considerarmos como pertencente ao grupo das “consistências”, vamos colocar, para o grupo das “cores”, outro vegetal, de preferência com uma cor diferente, como seja brócolo ou couve-flor. Após a seleção dos três tipos de legumes é hora de aplicar a segunda estratégia. Esta envolve a forma como se cozinha. A sopa deverá ser confecionada em lume brando, com os legumes em pouca água e com um fio de azeite, até os mesmos ficarem bem cozidos, de forma a que se desfaçam apenas com a ajuda de um garfo; nessa altura, adiciona-se lentamente a quantidade de água necessária para obter a consistência que queremos – pouca água para obter um creme, ou um pouco mais de água se quisermos uma sopa mais líquida – temperamos com um punhado de sal e deixamos cozinhar mais um pouco. No final, a sopa pode ser triturada ou passada. Se quisermos, podemos fazer uma base apenas com os legumes de dois grupos, sendo que, obrigatoriamente, um dos grupos terá que ser o das "consistências", e acrescentar depois o legume do grupo restante. Podemos também fazer a base com os legumes dos três grupos, deixando alguns de lado para acrescentar após a confeção da base. Se a pretensão for juntar leguminosas à sopa de legumes, podemos considerar um quarto grupo, onde colocamos todas as leguminosas: grão, feijão, lentilhas e ervilhas.

Et voilà! Uma sopa diferente todos os dias, fácil de fazer e sempre saborosa!